03/05/2003

Últimas do sabadão da Lebrinha:

§ Esdou beio respriada. Beu na'íz escorre. Dão sei se é poi causa do poeidão que levandou com a budança, naquele dal de emburra sopá p'á lá, enrola tapete p'á cá... Um terror.

§ Exageraram no sal da minha carne, estou virando um balãozinho. Terei de passar a negar meus dois maiores amores: carne e sal. Adeus, deleites alimentícios de outrora. Ficarão na saudade.



§ Li e pretendo continuar lendo:
A Conspiração do Espelho, do meu caro dr Otto, que me faz dar risadinhas;
Drops da Fal, pequenas gotas de frescor;
Kaleidoscópio, da Dani, tão quase-balzaca quanto ieu;
Minoria de Dois, do Senhor Lagarta Azul, vulga Cris, minha xará.

§ 15º C em Little Valleys! Tá frio ou oquê?! Nunca imaginei ver minha mulherzinha do tempo vestida de pullover vermelho. Essa danada ficou com cara de mulher-dama.

§ Fecho com este belo poema de Pessoa, graciosamente enviado por E-mail pela minha apaixonada Peixinha:

"...o Amor, quando se revela..."

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...



Mark Ryden, Snow White

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